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Um Só Mundo

Numa Escola inclusiva/ democrática, um espaço de partilha, aprendizagem e reflexão.

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Estimulação Precoce e Microcefalia

   Recentemente, no Brasil, assistiu-se a um aumento de casos de microcefalia. O Ministério da Saúde estabeleceu uma relação entre esta condição neurológica e o vírus Zika. Na Wikipedia pode consultar mais informação a este respeito. Foi criada e divulgada uma Cartilha de Diretrizes à Estimulação Precoce de Crianças com esta problemática. 

 

 

Microcefalia_tomografias @ http://ichef-1.bbci.co.uk/news/ws/624/amz/worldservice/live/assets/images/2015/11/27/151127184315_sp_microcefalia_tomografias_624x415_edmarmelojcimagem_nocredit.jpg

 

 

Como ação do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, lançado pelo Governo Federal em dezembro de 2015, esta diretriz tem o objetivo de ajudar os profissionais da Atenção à Saúde no trabalho de estimulação precoce às crianças de zero a 3 anos de idade com microcefalia e, portanto, com alterações ou potenciais alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, e em seus efeitos relacionais e sociais.

A estimulação precoce pode ser definida como um programa de acompanhamento e intervenção clínico-terapêutica multiprofissional com bebês de alto risco e com crianças pequenas acometidas por patologias orgânicas – entre as quais, a microcefalia –, buscando o melhor desenvolvimento possível, por meio da mitigação de sequelas do desenvolvimento neuropsicomotor, bem como de efeitos na aquisição da linguagem, na socialização e na estruturação subjetiva, podendo contribuir, inclusive, na estruturação do vínculo mãe/bebê e na compreensão e no acolhimento familiar dessas crianças.

 

Conheça e explore a Cartilha de Diretrizes à Estimulação Precoce de Crianças com Microcefalia.

 

 

Microcefalia - Imagem @ https://1.bp.blogspot.com/-phgGUEbneyQ/VmGReVYonzI/AAAAAAAA8eQ/0ZLLzK0HvyY/s1600/microcefalia.png

 

Fontes

Portal de Saúde

Reab

Facebook Antes de Dormir Faz Baixar as Notas

    Na revista Pais & Filhos , de 1 de dezembro de 2015, foi publicado o texto cujo excerto transcrevemos, baseado no estudo científico The Role of Environmental Factors on Sleep Patterns and School Performance in Adolescents, que pode descarregar, ao clicar na hiperligação. 

 

 

facebook-1084449_1920 - pixabay

 

 

   Leia-se o artigo.

 

 

Está cansado de dizer aos seus adolescentes de desligarem os telefones e outros equipamentos antes de irem para a cama? Não desista. Ao fazê-lo poderá estar a fazer a diferença entre um bom desempenho escolar e notas a enfraquecerem.

 

Pelo menos estas são as conclusões obtidas no final de um estudo realizado na University College de Londres, o qual estudou o efeito do uso da tecnologia e das redes sociais antes do período de descanso noturno e os resultados académicos. Estar nas redes sociais é especialmente nocivo, dizem os investigadores, já que a interação com os pares faz com que o cérebro seja hiperestimulado, impedindo que entre rapidamente em modo efetivo de sono e descansando muito menos que as dez horas noturnas recomendadas durante a adolescência.

No decorrer do trabalho foi inquirida uma amostra de 48 adolescentes a partir dos 16 anos e 70 por cento revelaram que usam as redes sociais menos de meia hora antes de irem para a cama. E são estes que apresentam, em média, notas 20 por cento mais baixas que os seus colegas que desligam o telefone bem antes de dormir.

Segundo uma das autoras do trabalho, realizado pelo Laboratório de Educação, Aprendizagem ao longo da vida e Sono daquela universidade, os resultados obtidos são “preocupantes”. “O sono é essencial para processos como a consolidação da memória. Para além da estimulação cerebral motivada pelas conversas online, a luminosidade dos aparelhos pode também levar a problemas de sono, pois bloqueia a produção da hormona melatonina, que necessita de escuridão para aumentar de volume no organismo”, refere Dagmara Dimitriou ao jornal científico “Frontiers in Psychology”.

 

Combatting Child Sexual Abuse Online

   Somos a partilhar o Estudo para o LIBE Committee, do Parlamento Europeu, Combatting Child Sexual Abuse Online, disponível em Inglês, o qual e pode ser descarregado da nossa nuvem

 

 

 

 

This study was commissioned by the European Parliament's Policy Department for Citizens' Rights and Constitutional Affairs at the request of the LIBE Committee. The study provides an overview of existing legislation at European Union, Member State and the international level related to online child sexual abuse. The study also provides an account of the role of law enforcement agencies in combatting child sexual abuse online and other governmental and private sector initiatives. Some of the current trends and phenomena related to online child sexual abuse and various policy responses are discussed, complemented with recommendations for future policy formulation.

 

 

 

Combatting Child Sexual Abuse Online

 

 

O Abuso Sexual na Infância

 

   Somos a partilhar o artigo Abuso Sexual na Infância, da autoria da psicóloga clínica, de formação psicanalítica, Solange Melo, a exercer funções em São Paulo. Este consta do portal Papo de Mãe

 

girl-535251_1280 da Pixabay

 

 

 

A suspeita de que uma criança possa estar sendo sexualmente abusada deve sempre ser investigada cuidadosamente, pois isto certamente vai afetar em muito a vida da criança e da família como um todo.
Observamos que a violência sexual contra a criança, infelizmente, ocorre em todos os grupos sociais e se caracteriza quando uma criança ou adolescente é usado como gratificação sexual por um adulto ou adolescente mais velho, através do uso da violência física, coação ou abuso da confiança.


Frequentemente, o agressor é um membro da família ou responsável pela criança, alguém que ela conhece, no qual confia e com quem, muitas vezes, tem uma estreita relação afetiva.
Normalmente, este abuso fica cercado de um complô de silêncio, pois este é um ato que envolve medo, vergonha, culpa e desafia tabus culturais (a sexualidade, incluindo a da criança) e aspectos de interdependência.
O silêncio é uma tentativa de preservar a família, evitando se dar conta da contradição existente entre o papel de proteção esperado da família e a violência que nela se dá. Em muitos casos, o silêncio e a negação caminham juntos.


Comportamentos mais frequentemente observados em crianças que foram ou são abusadas sexualmente:


1 – Crianças extremamente submissas.
2 – Crianças extremamente agressivas e antissociais.
3 – Crianças pseudo maduras.
4 – Crianças com brincadeiras sexuais persistentes, exageradas e inadequadas.
5 – Crianças que frequentemente chegam muito cedo à escola e dela saem tarde (num esforço inútil de escapar da situação do lar).
6 – Crianças com fraco ou nenhum relacionamento com seus pares e com imensa dificuldade de estabelecer vínculos de amizade e com falta de participação nas atividades escolares e sociais.
7 – Crianças com dificuldade de concentração na escola.
8 – Crianças com queda repentina no desempenho escolar.
9 – Crianças com total falta de confiança nas pessoas, em especial nas pessoas com autoridade.
10 – Crianças com medo de adultos do sexo oposto ao seu.
11 – Crianças com comportamento aparentemente sedutor com pessoas adultas do sexo oposto ao seu
12 – Crianças que fogem de casa.
13 – Crianças com sérias alterações do sono (como em geral os abusos são feitos na cama, se estabelece o medo de dormir e sofrer o ataque ).
14 – Crianças com depressão clínica.
15 – Crianças com ideias suicidas.
16 – Crianças com comportamentos de automutilação.
17 – Crianças com imensos sentimentos de culpa em relação a tudo.


Quando o abuso sexual é feito por meio do incesto, ele é bem mais profundo e traumático, pois de forma mais contundente ficam marcados o abandono e a traição, porque à criança foi negado um direito inerente: o amor e a confiança. As consequências disso são o emocional devastado, uma autoimagem destruída e uma profunda dificuldade em estabelecer relações de respeito, admiração e confiança no futuro com as pessoas.


Geralmente, os homens que cometem incestos tiveram uma infância marcada por privações emocionais sérias (causada por morte materna, doenças graves ou abandono de um ou de ambos os pais).
Crianças mais velhas são menos facilmente abusadas, pois são mais fortes, maiores e podem revelar ao mundo tais abusos. Pessoas que foram abusadas na infância chegam à idade adulta sem os benefícios da infância. Muitas delas se tornam mulheres que acabam por repetir o padrão de suas mães (casando com homens violentos e abusivos) e, em geral, se tornam pessoas cronicamente deprimidas.


As estratégias do abuso sexual de crianças podem ser divididas em cinco fases:


1 – Fase do envolvimento.
2 – Fase da interação sexual.
3 – Fase do sigilo.
4 – Fase da revelação.
5 – Fase da repressão.


O agressor, geralmente, faz com que a criança participe do abuso, fazendo-a acreditar que aquilo nada mais é do que um jogo divertido. Ele, frequentemente, sabe o que agrada as crianças e as recompensa ou suborna. Em muitos casos, o agressor abusa sexualmente da criança a fim de satisfazer necessidades não sexuais suas, tais como: desejo de sentir importante, poderoso, dominador, admirado e desejado.
Infelizmente, na maioria das vezes, a criança guarda segredo de tais abusos. E o agressor consegue dela isso, usando das seguintes estratégias:


1 – Mencionando a irritação de outra pessoa (se você contar isso à mamãe, ela vai ficar muito irritada ou brava com você).
2 – Mencionando a separação (se você contar isso para alguém vão te mandar embora de casa).
3 – Mencionando o auto prejuízo (se você contar isso a alguém eu vou te matar).
4 – Mencionando fazer mal a alguém (se você contar isso eu mato a sua mãe).


A revelação do abuso pode acontecer acidental ou propositadamente. De uma forma ou de outra, representa o fim de um calvário para a vítima e uma possível punição para o agressor.
Crianças abusadas sexualmente, em especial as menores, não entendem o que de verdade está acontecendo e ficam sem saber COMO reagir nem SE DEVEM reagir. Em geral, elas fingem ignorar o fato e sofrem, muitas vezes, anos caladas. E lamentavelmente, quando o fato é revelado, muitas ainda têm que enfrentar o descrédito da própria família e da sociedade, o que as dilacera ainda mais por dentro.

 

Melo, Solange (2015). Abuso sexual na infância - Papo de Mãe. Encontrado em 1 de janeiro de 2016, desde http://www.papodemae.com.br/2015/11/06/abuso-sexual-na-infancia-por-solange-melo/, às 12:45 a.m.

 

Se quiser, pode ler Abuso Sexual: Uma Guerra de Potências e Impotências